As vinhas centenárias da Tapada do Chaves
Nos anos 70 e 80 do século XX, as marcas de vinho com origem em propriedades concretas eram bastante escassas. A Tapada do Chaves é uma dessas referências históricas, reconhecida pela elaboração de grandes vinhos desde há quase um século. Histórico é também parte do vinhedo e na propriedade – em Frangoneiro, nos arredores de Portalegre – há duas das mais velhas parcelas de vinha da região, com registo oficial nos anos de 1901 (vinha tinta) e 1903 (vinha branca). Os vinhos da Tapada do Chaves sempre granjearam fama e pergaminhos – sobretudo em Portugal e no Brasil, onde têm uma legião de fãs –, em grande parte pelo seu carácter autêntico, notória exclusividade, e fantástica capacidade de evolução em garrafa. Nos tintos – balsâmicos e cheios de temperamento –, encontramos ainda hoje a Trincadeira e o Aragonez como castas-base, o sempre fiável Alicante Bouschet e, mais recentemente, a Touriga Nacional. Nos brancos – delicadamente minerais e de aroma a maçã – brilham as castas Arinto e Antão Vaz, sem descurar as clássicas Assario, Tamarez e Roupeiro. Existem hoje 32 hectares de vinha, plantada a diferentes altitudes, usufruindo da orografia e do microclima da Serra de São Mamede. A Tapada do Chaves está desde 2017 nas mãos da Fundação Eugénio de Almeida, sob a orientação e dedicação de Pedro Baptista, um dos mais cotados enólogos portugueses. Neste evento do Portugal à Prova, provamos os vinhos Tapada do Chaves Vinhas Velhas branco 2018, Tapada do Chaves Vinhas Velhas branco 2008 e Tapada do Chaves Reserva tinto 2014.
- Prova por
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Pedro Baptista
Enólogo da Fundação Eugénio de Almeida
- Moderação
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Luís Lopes
Jornalista, fundador e director da revista Grandes Escolhas
Mais episódios
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Bairrada: 130 anos de espumante
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Touriga Nacional, a casta-bandeira
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Alicante Bouschet, garra e carácter
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